HOMENAGEM AO BRÍGIDO

E agora estou chorando, irmão. Sei que não aprovarias, pois a lágrima era para ti quase impossível. Mas a voz me engasga na garganta, os olhos me turvam, e, inesperadamente, estou chorando. Não! Eu não posso chorar ...

É difícil convencer-me de que partiste. A nossa convivência de tantos anos não pode acabar-se assim, num segundo. Num segundo mesmo, pois sei que nada sentiste quando nos deixaste. Acredito que, por seres alma tão amiga, deste a vida a outros que dela mais precisam.

Nas fotos, teus olhos têm luz e alegria, a mesma luz e alegria que desapareceram daqui quando te foste.

Quando a bandeira te cobria inerte, percebi em tua família a mesma emoção que cobria meu sentimento. "Jamais vira igual vontade de vencer. Tu fizeste bem tua parte, filho! Tu serás sempre nosso maior orgulho!"

Aqui tudo é tu, há um encanto anormal em dizer alguma coisa de ti. E choro ao pensar que te foste ...

Vou terminar, irmão. Mas nunca deixarei de te prantear, pois, em cada T-25 que vir, vibrarei ao pensar que, dentro de uma nacele como aquela, alcançaste a glória do teu ideal, embora levasses contigo todas as nossas ilusões.

Desculpa-me, irmão, se choro por ti novamente!




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